Danielle Garcia: “Não estou aqui para brincadeira”

Na semana passada, enfim se confirmou a ida da delegada Danielle Garcia para as trincheiras da política. Ela se filiou ao Cidadania, partido liderado pelo senador Alessandro Vieira, e se colocou à disposição para as eleições de 2020, tanto para o Executivo quanto para o Legislativo.

Em entrevista ao JLPolítica, Danielle Garcia, que está coordenadora do Ministério em Brasília, falou sobre o que a fez decidir por retornar para Sergipe com o propósito de ingressar na política partidária diretamente – já que ela vinha agindo como coadjuvante até então, mostrando, inclusive, certa dúvida com relação a isso.

“Minha principal motivação é uma inquietação genuína em poder voltar a fazer algo por Sergipe e por Aracaju. No Ministério da Justiça, o trabalho é extremamente técnico e fascinante, mas quero atingir mais nosso Estado, o menor da Federação”, justifica.

O trabalho “genuinamente técnico” a que ela se refere é o que desenvolve na Coordenação do Programa de Fortalecimento das Polícias Judiciárias no combate ao crime institucionalizado, à corrupção, baseado em capacitações, na criação de unidades especializadas nos Estados e na independência das investigações, através do fortalecimento das garantias dos profissionais – algo que a coloca longe demais, física e emocionalmente - das questões sergipanas.

“Nas eleições passadas, recebi vários convites para me filiar e concorrer ao pleito, porém, isso nunca tinha passado pela minha cabeça, então não aceitei. Achei que pudesse continuar desempenhando minha função de delegada, mas veio o convite para trabalhar no Ministério da Justiça e reputei irrecusável. Apesar do pouco tempo (sete meses), a experiência adquirida em Brasília é inegável. Mas preciso voltar e continuar minha missão, agora na política”, afirma Danielle.

Ela garante que esse ingresso não se dá por vaidade, mágoa ou projeto pessoal. “Faço parte de um grupo de pessoas que buscam renovar as práticas políticas em nosso Estado, em nosso País, e para isso me coloco à disposição do Cidadania para colaborar com o meu melhor”, diz Danielle. Ainda não há nada definido sobre a possível candidatura, se ela se dará no âmbito do Executivo, para prefeita ou vice, ou no do Legislativo, para vereadora.

“Essa será uma decisão de grupo, baseada em uma série de fatores, inclusive de pesquisas, ouvindo a voz da população. O que percebo é que os aracajuanos e as aracajuanas pedem por renovação, não aguentam mais os mesmos nomes, com os mesmos discursos - e na prática todos nós sabemos como é: grupos políticos enraizados no poder, envolvidos pela vaidade e sem compromisso em apresentar resultados benéficos para a população, apenas sugando os recursos públicos para se manter no poder”, analisa.

Independentemente do mandato que dispute, é inegável que o nome da delegada já nasce forte. E ela atribuiu isso à “honestidade e à intensidade do trabalho desenvolvido como delegada de Polícia à frente do Deotap”. “Conheço as entranhas da corrupção que assola nosso país, nosso Estado e nossa capital, e que deve ser combatida com rigor pela polícia e pelos políticos. Meu trabalho tem credibilidade na sociedade. São quase 20 anos de atuação como delegada e sempre primei pela ética e compromisso em entregar os melhores resultados”, afirma.

Embora entusiasmada com a nova realidade, Danielle não deixará o Ministério de supetão. “Estamos deixando pronta toda a programação do ano de 2020, as grades curriculares e a organização dos eventos, para que não haja qualquer problema de continuidade. Volto para atender um chamado da vida. A missão na política não é fácil, mas quem disse que eu gosto de facilidade e comodismo? Já provei com minha vida profissional que não estou aqui para brincadeira. Meu compromisso é com a sociedade”, assegura.


Por: JL Política

Foto: Reprodução da matéria 

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