‘Levou uma facada nas costas sem reagir’, diz primo de morto em orla

Tayrone Rodney tinha 26 anos, ela deixa esposa e filho de um ano. 
Corpo de professor de dança morto durante parada gay é velado na capital.


Tayrone Rodney  (Foto: Divulgação/ Arquivo pessoal )Tayrone Rodney tinha 26 anos
(Foto: Divulgação/ Arquivo pessoal )
O corpo de Tayrone Rodney Menezes Ribeiro, 26, morto depois de receber um golpe de faca nas costas, na noite deste domingo (30), durante realização da 14ª Parada LGBT deAracaju, na Orla da Atalaia, está sendo velado em um velatório localizado na rua Itaporanga, no centro da capital. O enterro ocorre na tarde desta segunda-feira (31),às 16h, no cemitério São João Batista. O crime é investigado pela Delegacia de Turismo e a principal linha de investigação da polícia é latrocínio, roubo seguido de morte, até o momento ninguém foi preso.
Primo relata momento do crime  (Foto: Tássio Andrade/G1)Primo relata momento do crime
(Foto: Tássio Andrade/G1)
Segundo o primo da vítima, Victor Hugo de Souza, o crime ocorreu rápido e o jovem agonizou durante 10 minutos. “Estávamos andando normalmente perto do posto do corpo de bombeiros, quando ele foi abordado por um rapaz que puxou por trás a corrente de prata do pescoço do meu primo. Ele não reagiu em momento algum, mas o rapaz começou a agredi-lo. Para fugir da confusão, meu primo saiu correndo, mas o rapaz não satisfeito correu atrás dele com uma faca em punho. Esse homem deu uma facada nas costas do meu primo, na altura do pulmão. Como foi tudo muito rápido, não consigo lembrar do rosto do rapaz, lembro que estava usando uma blusa preta. Tentamos reanimar meu primo, o atendimento chegou, mas ele não resistiu, agonizou durante 10 minutos e morreu lá mesmo”, relata Victor Hugo.
Vítima deixa esposa e um filho (Foto: Divulgação/ Arquivo pessoal)Vítima deixa esposa e um filho
(Foto: Divulgação/ Arquivo pessoal)
Tayrone trabalhava como professor de dança em várias academias de Aracaju. De acordo com o primo, era uma pessoa tranquila e com muitos amigos. “A gente nunca espera que uma coisa dessas aconteça com a gente. Estávamos nos divertindo e ele foi vítima de uma violência gratuita apenas por uma corrente. Meu primo deixa um filho de ano e uma esposa, além dos pais que estão abalados. Quando um crime desses acontece dentro da nossa família, percebemos e sentimos na pele a banalização da vida”, conta Victor.
Amigos e parentes velam corpo de Tayrone Rodney (Foto: Tássio Andrade/G1)Amigos e parentes velam corpo de Tayrone Rodney (Foto: Tássio Andrade/G1)






Ainda segundo o primo de Tayrone, a polícia iniciou as investigações no local do crime. “Lá ainda na orla expliquei para os policiais do departamento de homicídios da polícia civil e guarda municipal como tudo ocorreu. Essa semana vou prestar depoimento, e espero que a pessoa que tirou a vida do meu primo seja presa. Até o momento não existe nada oficial sobre o autor do crime, ocorreu um boato de que um homem estaria preso. O mais importante agora é deixar a polícia trabalhar, têm as câmeras da região que também podem ajudar muito”, conclui o primo.

Por: Tássio Andrade
Do G1SE

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