Taxistas alternativos secam pneus de ônibus em protesto contra apreensões
No terminal do mercado seis ônibus foram danificados neste início de manhã.
Manifestante diz que 'quer uma trégua para trabalhar com dignidade'.
Motoristas de táxis-lotação, serviço não regulamentado em Aracaju, fazem um protesto em vários pontos da capital desde a madrugada desta sexta-feira (31). Inconformados com a demora para a provação da lei municipal que tornaria a atividade regular e com o reforço na fiscalização e apreensão de veículos, os manifestantes estão parando os ônibus que fazem o transporte coletivo, mandando os passageiros descerem e estão secando os pneus para evitar que eles voltem a circular.
No terminal de integração de ônibus localizado na região dos mercados, no Centro, seis ônibus ficaram parados após terem os pneus esvaziados. Segundo um motorista, que preferiu não ser identificado, três carros e uma moto o cercaram e obrigaram a parada. Alguns passageiros entraram em pânico e inicialmente acharam que seria um assalto.
“Nós avisamos que não iríamos aguentar a pressão da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) que aumentou a fiscalização nos últimos dias e só na quinta-feira (30) apreendeu cinco táxis-lotação de cooperados. Então todos se uniram e resolveram protestar em vários pontos de Aracaju. Não sabemos quando essa movimentação vai acabar e nem onde vai parar, mas queremos encontrar com o prefeito João Alves Filho para pedir uma trégua por que nós só queremos trabalhar honestamente e estamos sendo impedidos por alguma vontade política”, afirma Cláudio Santana, representante da Cooperativa de Transporte Alternativo do bairro Santa Maria (Coopetasmar).
De acordo com Santana são mais de 400 taxistas cooperados que trabalham há anos na Zona Sul de Aracaju nos bairros Santa Maria, Coroa do Meio, Zona de Expansão, Augusto Franco, Atalaia e até nos conjuntos Santa Lúcia e Aloque.
“Há 20 anos eu faço o transporte de passageiros do Santa Maria para o Centro e outros colegas já fazem há dez anos na Coroa do Meio. A questão aqui é que a gente quer que nosso trabalho seja regulamentado e devidamente reconhecido como de interesse para a população. A gente vai até onde os ônibus não vão, sem contar com a rapidez e maior conforto do nosso serviço.
Na verdade a gente não atrapalha ninguém. Nosso protesto é contra os ônibus porque acreditamos que os empresários estão fazendo pressão para garantirem os lucros mesmo eles não oferecendo um serviço de qualidade nas áreas onde os táxis-lotação atendem”, finaliza o taxista alternativo Cláudio Santana.
Por: Marina Fontenele do G1se
Comentários
Postar um comentário
Os comentários postados abaixo representam a opinião do leitor e não necessariamente a do nosso site. A responsabilidade é do autor da mensagem.