Deputada Goretti Reis emite nota e diz que não desviou verba

Segundo ex-deputado, 70% da verba de subvenção foi desviada. 
Goretti Reis se disponibilizou a abrir sigilo telefônico e bancário.


Aracaju tem dívida superior a R$ 52 milhões, diz Goretti Reis (Foto: Marina Fontenele/G1 SE)Deputada Goretti Reis
(Foto: Marina Fontenele/G1 SE)
A deputada Goretti Reis (DEM) emitiu uma nota à imprensa depois que o depoimento do ex-deputado Raimundo Vieira (PSL), realizado na quarta-feira (29), no Departamento de Crimes Contra a Ordem Tributária e a Administração Pública, foi divulgado no SETV 2ª edição. Raimundo afirmou à polícia que a parlamentar indicou verbas de subvenção da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) e teria recebido o dinheiro de volta.

O ex-deputado citou em interrogatório que destinou R$ 235 mil para a Alajovem no ano de 2014, sendo que R$ 150 mil voltaram para ele. Disse também que em 2013 a Alajovem recebeu, ao todo, R$ 660 mil de alguns deputados. R$ 70 mil repassados pela deputada Goretti Reis; R$ 200 mil por ele mesmo; R$ 240 mil pelo deputado Paulinho das Varzinhas e R$ 160 mil pelo deputado Gilson Andrade.

Segundo Mundinho da Comase, 70% de todo o dinheiro voltaram para os deputados citados. Explica que os saques foram feitos por Augifranco Vasconcelos e repassados aos parlamentares por meio de cheques ou transferências bancárias emitidos pela empresa MP-10, do irmão de Augi Franco, Ygor Henrique.

Em nota, a deputada Goretti Reis informou que fez indicação da verba para à associação Alajovem, do município de Lagarto, mas não recebeu o dinheiro de volta. Ela diz ainda que a acusação é mentirosa e se disponibiliza a abrir o sigilo telefônico e bancário para provar que não possui envolvimento com o esquema de corrupção.
Confira a nota na integra
 Em relação aos fatos relatados pela imprensa no último dia 30 em relação ao denominado “escândalo das verbas de subvenções”, cumpre-me como cidadã e Deputada, prestar contas à sociedade sergipana e aos meus 26.886 eleitores; e faço isso com a mais absoluta tranquilidade, de cabeça erguida e de moral elevado.
Sem temer as críticas rasas de quem não analisa a questão a fundo, iniciou reafirmando minha compreensão que a destinação de verbas a associações filantrópicas através do orçamento da Assembleia foi algo absolutamente louvável e salutar; pois com esses recursos centenas de instituições assistenciais sobreviveram e prestaram relevantes serviços à população sergipana.
Nessa percepção, há de se separar o instrumento do uso.
Como uma lâmina que tanto pode ser utilizada para ferir como para curar (ao realizar uma cirurgia), é a utilização do instrumento que bom ou ruim e não o instrumento em si.
Se o uso das verbas de subvenções foi distorcido, a culpa e a punição devem recair sobre quem distorceu seu uso e não sobre o instrumento em si.
Pensar diferente disso é amaldiçoar a lâmina ao invés de louvar o cirurgião ou maldizer quem com ela fere.

Dito isso, quero reafirmar que tenho a consciência tranquila de ter indicado à Assembleia instituições que, a meu sentir, fariam dela bom uso.
Com esse norte em mente, indiquei, sem arrependimentos, várias associações à Assembleia, dentre elas a Ala Jovem da minha cidade de Lagarto, à qual a Assembleia destinou R$ 60.000,00 os quais, a meu pensar, seriam utilizados para eventos de alcance social, a exemplo do XXII Corrida de Lagarto.
Se houve desvio na utilização dessas verbas, como cidadã sou vítima e não cúmplice; e desafio qualquer cidadão honrado, seja ele Presidente de Associação, Deputado ou Ex-Deputado, Promotor ou Delegado, a PROVAR que recebi de volta qualquer valor destinado às Associações por mim indicadas à Assembleia.

Coloco minhas contas e meu sigilo fiscal telefônico e bancário à disposição da Polícia e do Ministério Público, e espero deles o mesmo tratamento honroso e respeitos que sempre lhes dispensei; aguardando que eles, finda a investigação, venham a público para com todas as letras afirmar: “quem acusou a Deputada Goretti Reis de ter recebido de volta qualquer valor destinado a Associação”, MENTIU.
Enquanto os fatos são apurados, espero da sociedade, da imprensa, das autoridades e até dos meus adversários, o respeito à história de três gerações de políticos honrados que construíram sua vida política e pessoal com hombridade e suor; e o direito de não ser julgada apenas com base numa alegação de quem, por desespero ou má orientação, tenta lançar no mesmo mar de lama no qual afunda, nós outros, que não somos melhores que ele, nem piores que ele, mas certamente diferente dele.
Por: G1se

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